Pesquisar este blog

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A CORAGEM DE RESGATAR E PRESERVAR A HISTÓRIA

Como conhecer a si mesmo e a um povo sem conhecer a sua história? Desde o início dos tempos a humanidade buscou o autoconhecimento no resgate das suas raízes e ao se deparar com lacunas, experimentou um sentimento de frustração muito grande e homens e mulheres, dotados de sensibilidade, iniciaram uma busca interminável do nosso passado. Nas variantes das inscrições das grutas e das cavernas descobrimos que, a milhares de anos, no nosso íntimo, necessitávamos deixar para a posteridade a base dos nossos costumes, os aprendizados que adquiríamos e, acima de tudo, as provas da nossa existência. Nesses meandros, dava-se início às disputas, muitas vezes, jurídicas, religiosas e morais, dado que se poderiam desmascarar mentiras seculares.
Nenhum ser humano nasce e torna-se adulto para o nada. A existência, por si, repleta de nuances, encontros e desencontros, recriações e descendências, deve ser para um propósito. Contudo, poucos absorvem esse entendimento e, num dado momento, a historia se perde por descuido de muitos ou é destruída por ignorância ou insensatez de homens públicos – que têm a obrigação de preserva-la - através do abandono, da guerra ou da ganância, que transformam em pó ou cinzas obras de artes, edifícios e livros - relíquias sem preços.
Não podemos simplesmente acreditar que seremos uma verdadeira sociedade se não preservarmos a nossa história e, se preciso for, resgatá-la, mesmo a custo de desencontros com interesses financeiros de grupos ou pessoas.
Ora, já avançamos demais em nossos conhecimentos para não crermos que é a partir da preservação, que pode se dar após a restauração de um bem, que encontraremos um caminho mais justo e fortalecido para vivermos em sociedade, pois saberemos onde erramos – e aprenderemos com esses erros, para não os repetirmos – e perpetuaremos e aperfeiçoaremos os acertos.
Resgatar a história e preservá-la, exige, de quem o faz, uma dose de coragem, pois, certamente, no percurso da busca pela verdade, que muitas vezes é mascarada por interesses escusos, encontramos resistência dos detentores do poder, ou mesmo de pessoas ou grupos poderosos. Por quê? A resposta está no fato de que muitos acontecimentos que se passaram em determinadas épocas não foram corretamente transcritos por conta de que os seus personagens foram membros de enredos vergonhosos. Mas a teimosia de homens e mulheres audazes tornou possível saber que muitos dos nossos heróis, cantados ao longo dos tempos, não passaram de verdadeiros facínoras, presidentes da república corruptos, generais que não participaram de nenhuma guerra e que mandavam para os campos de batalha pobres inocentes, em sua maioria índios e negros, e líderes que nada mais fizeram do que enganar uma multidão em detrimento dos seus próprios interesses.
Mas dentro das nossas veias pulsa a angústia pela verdade e juntando os pedaços que o tempo nos legou, conseguimos desmascarar as mentiras, somos capazes de resgatar personagens esquecidos e que deveriam, a muito, serem homenageados; podemos recontar a história de forma clara, legando aos nossos contemporâneos a grandeza de um tempo, ou a sua decadência.
A história contada por si só não basta. Seus personagens precisam estar vivos e, além de viverem em nossas memórias, em nosso sangue, precisam estar vivos nas suas obras, nos documentos que deixaram e imortalizados nas fotos e monumentos que, por ventura, mereceram ter em locais de destaque.
A história é latente, diria que genética, e não podemos viver sem o passado, pois ele nos mostra que os grandes personagens – líderes e grandes administradores dos bens públicos - não perecem, são raros e merecem ser cultuados. Assim, a própria lembrança dos povos se encarregará de não deixa-los morrer.

As treze colônias americanas

As treze colônias: Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Delaware, Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia

O início da colonização da América do norte pelos ingleses deu-se a partir da concessão real a duas empresas privadas: A Companhia de Londres, que passou a monopolizar a colonização das regiões mais ao norte, e a Companhia de Plymonth, que recebeu o monopólio dos territórios mais ao sul. Dessa maneira dizemos que a colonização foi realizada a partir da atuação da "iniciativa privada". Porém subordinadas as leis do Estado.
A primeira colônia inglesa foi a Virgínia, que nasceu a partir da fundação da cidade de Jamestown, mas a efetiva ocupação e desenvolvimento da região levaria algumas décadas, ao longo das quais foram estabelecidas outras colônias na região sul: Maryland (colônia católica, em 1632) Carolina Do Norte e Carolina do Sul (1663) e Geórgia (1733). Nessas colônias desenvolveu-se a estrutura tradicional de produção, caracterizada pelo latifúndio monocultor, voltado para a exportação segundo os interesses da metrópole, utilizando o trabalho escravo africano.

As Colônias do Norte têm sua origem na fundação da cidade de New Plymonth ( Massachussets) em 1620, pelos "peregrinos do mayflower", puritanos que fugiam da Inglaterra devido as perseguições religiosas e que estabeleceram um pacto, segundo o qual o governo e as leis seguiriam a vontade da maioria. A partir de NewPlymonth novos núcleos foram surgindo, vinculados a atividade pesqueira, ao cultivo em pequenas propriedades e ao comércio. No entanto a intoler6ancia religiosa determinou a migração para outras regiões e assim novas colônias foram fundadas: Rhode Island e Connecticut (1636) e New Hampshire (1638). Nessa região, denominada genericamente de "Nova Inglaterra" as colônias prosperaram principalmente devido ao comércio. Do ponto de vista da produção, a economia caracterizou-se pelo predomínio da pequena propriedade policultora, voltada aos interesses dos próprios colonos, utilizando-se o trabalho livre, assalariado ou a servidão temporária.